Eu sou concursado e eu sou nomeado. Essas são as frases que mais o telespectador ouve quando aparece cenas da novela Morde e Assopra que envolvem o sargento Xavier (Anderson di Rizzi), o escrivão Herculano (Márcio Tadeu) e a “Maria Jão”(sic) - Jurema Reis. Pronunciar a frase não seria nada demais afinal eles são mesmo concursados e nomeados.
O problema são as figuras, os personagens. Os atores – orientados pelos diretores ou autores – caricaturaram um funcionário público que não existe, são as coisas mais toscas que já apareceram nas novelas da Globo. O escrivão Herculano foi nomeado por um primo que virou deputado federal e conseguiu a nomeação pra ele, uma nomeação que só foi confirmada porque Herculano havia feito um curso superior por correspondência.
A Maria Jão é funcionária pública municipal e se borra de medo de perder o emprego dela na prefeitura. O prefeito corrupto e a primeira dama, mais corrupta ainda – um casal que me lembra um outro casal - já começaram a caçá-la por causa de denúncias que ela fez a respeito das mutretas da primeira dama. Tosca, muito tosca também.
E pra fechar, o sargento Xavier, que vive numa disputa com o escrivão. Quando recebe alguma ordem de Herculano, Xavier diz que não vai cumprir porque é concursado e o escrivão diz que o sargento tem que obedecer porque ele que está dando a ordem é nomeado. E assim eles ficam nesse jogo de poder, um desafiando o outro.
E no meio dessa palhaçada quem perde é o funcionário público que na maioria das vezes come o pão que o diabo amassou na mão de governantes pilantras que massacram o servidor. Não me deixa mentir a prefeitura de Campos que está tratando funcionário igual a um cão sarnento. O lema dessa gente é “se eu posso prejudicar, por que é que vou ajudar”.
Seria muito bacana por parte da emissora que exibe esses lixos dessas novelas, e em especial a Morde e Assopra, se ela desse uma trégua e melhorasse seu trato com o funcionário público via Maria Jão, Xavier e Herculano. Invente um curso para os três fazerem, comece a melhorar a imagem dos três, afinal o funcionário público do Brasil não pode ser retratado daquela forma.
Um comentário:
ai vem os terceirizados e fazem bosta
veja aqui:
http://sarcasmosa.blogspot.com/2011/06/reforma-ortografica-campista-2.html
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